terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Novos processadores da Intel virão com restrições embutidas no chip
Mecanismos de DRM embutidos nos processadores Sandy Bridge agradam indústria cinematográfica
A Intel anunciou hoje sua nova linha de processadores, codinome Sandy Bridge, que embute recursos tradicionalmente associados ao processador gráfico (GPU) diretamente no processador central.

Com esta nova linha, a Intel promete que mesmo os computadores mais simples, que não tem placa de vídeo, possam rodar vídeos de alta resolução sem travamentos. Mas a capacidade de tocar esses vídeos vem com uma “pegadinha”: os processadores devem embutir mecanismos de DRM (Digital Right Management), que restringe o controle do usuários sobre seus arquivos digitais.

Chamada Intel Insider, a tecnologia também pode servir para controle remoto de software, permitindo que revendedores desativem remotamente o funcionamento de um programa. No caso de vídeos e música, o processo pode limitar o conteúdo a computadores determinados pela empresas – o usuário não poderia, por exemplo, tocar um vídeo que comprou em outro computador se a distribuidora não permitir.

Não é a primeira vez que a Intel tenta embutir DRM em seus chips – em 1999, ela chegou cogitou marcar cada processador com um número de série com fins de identificação e controle, o que trouxe muita polêmica e até motivou boicotes. Nos últimos anos, a empresa vem ensaiando novas abordagens para o assunto sob o guarda-chuva Intel Insider – “insider” é uma palavra em inglês que pode ser traduzida como “espião” ou “informante”.

Recentemente, uma falha no mecanismo de DRM de um DVD Player da Samsung fez aparelhos pararem de tocar videos legítimos até que o firmware fosse atualizado. Mecanismos de restrição em tecnologias comoHDMI e Blu-Ray foram recentemente derrotados por hackers, mas apesar dos diversos protestos e falhas, o DRM ainda é padrão na indústria cinematográfica.

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